Entrevista de José Socrates ao Expresso
O Primeiro-Ministro José Sócrates concedeu uma entrevista ao semanário Expresso, onde revelou que este ano será ainda um ano de fortes medidas orçamentais, apesar de sem recurso a novos impostos. Enunciou o Complemento Solidário para Idosos como a medida que mais gosto teve de tomar e o aumento do IVA como a mais difícil.
José Sócrates afirma ter a melhor das expectativas em relação a Cavaco Silva como Presidente da República e diz que teria feito exactamente o que fez em relação ao apoio presidencial do Partido Socialista.
Questionado sobre a co-incineração, afirma-a como uma necessidade ambiental de Portugal e no que diz respeito à PT garante Sócrates que o Estado manterá a "Golden Share" com ou sem Belmiro de Azevedo.
Em relação à hipótese do PS estar aberto a uma proposta de lei sobre a legalização dos casamentos entre homossexuais, o Primeiro-Ministro garantiu estar atento ao debate, sendo que a grande prioridade do PS em matéria de alargamento de direitos será o Aborto.
4 Comments:
Zé...Sempre à frente.
Antes de mais gostaria de dizer que li a entrevista na íntegra e, no geral, foi do ponto de vista político uma boa entrevista. José Sócrates mostra-se acima de tudo um político coerente e um Primeiro-Ministro com um rumo traçado, com objectivos definidos e metas claras a atingir.
No entanto, natureza dessas metas (como por exemplo a descida este ano do défice de 6% para 4,8%), continua a optar por um discurso demasiadamente baseado em cortes orçamentais.É certo que é necessário,é certo que é mesmo indispensável proceder-se a tais cortes, mas não a qualquer custo!Não efectuando cortes na Saúde e na Educação. Gostava de poder acreditar que as reestruturações nestes dois sectores não se devem a fins económicos mas sim a uma racionalização dos serviços públicos,mas o que na realidade se verifica são aumentos de 23% nas taxas moderadoras (existindo meios alternativos)dos Hospitais Públicos; é uma aposta incrível nos Hospitais-empresa; é o fechar de inúmeros centros materno-infantis em todo o país (alguns compreensivelmente, outros nem por isso, outros inacreditavelmente); é o reagrupamento de escolas baseado em números e não em casos concretos; é a diminuição orçamentada em relação à Acção Social no Ensino.
A este discurso, no entanto, e coerentemente com o que disse na campanha eleitoral, José Socrates apõe o do crescimento económico. Nesse domínio, realmente, têm sido feitos efectivos esforços no relançamento da economia nacional.Á queda nos últimos meses da popularidade de Manuel Pinho (tendo sido inclusive dado como "remodelável") contrapõe-se agora uma subida clara e merecida da mesma popularidade. A isto o Governo tem também acrescentado (não tanto como eu gostaria) as preocupações sociais.O COmplemento Solidário do Idoso é, na minha opinião, uma medida histórica (a par talvez do rendimento mínimo garantido)!O combate ao desemprego deve também ser, neste domínio, mais que uma prioridade: um imperativo (pese embora não se podendo cair na tentação de criação de empregos na Adm. Pública, o que nos reconduz sempre ao problema do relançamento do crescimento económico).
Quanto a outros 2 temas abordados pelo PM na entrevista (a Ota/TGV e a Co-incineração) penso que é simples: existem estudos suficientemente credíveis, actualizados e independentes sobre a matéria?Siga-se o seu resultado!Sinceramente faz-me muita impressão que simples leigos na matéria desatem a argumentar contra matérias eminentemente técnicas.
Em relação à PT congratulo o Governo por finalmente afirmar que deseja garantir, seja como seja, a Golden Share na PT.
E por fim em relação à legalização do casamento entre homossexuais foram sensatas as palavras de Socrates,reafirmando o compromisso assumido com a JS, pelo que considera este ser o tempo de debate e de auscultar a sociedade civil sobre o tema.
O Socrates quase q parece um lider do PSD só falta n agarrar-se tanto aos impostos. Impostos esses q vao ser aumentados este ano, que fique aqui registado. A mim n me enganam!
Ivan, o Constitucionalista
Ps.: vou mudar-me para Elvas para poder por gasosa barata e ir a um hipermercado realmente c preços baixos BAHHAHAHHAHAAH
Também tive hipótese duma leitura muito pela diagonal na entrevista, no entanto não o suficiente para a poder comentar como deve ser.
O que posso dizer no entanto é que este Governo me está a surpreender bastante. No inicio do mandato vi muitas politicas de direita e vi algumas calinadas de Sócrates. Não percebo muitas das reformas que fez, nomeadamente nas FA,nas FJ, nos subsistemas de saúde e na idade de reformas...
No entanto, alguns meses depois noto realmente planos coerentes e bons para o país, como as aulas de subsituição (k para a FRENPROF os putos dos 10 aos 15 aprendem mais tando no recreio uns c os outros k numa sala de aula...mas a FRENPROF refila c tudo!!), o Complemento Solidário do Idoso, na questão da PT, da forma de reforço de agentes policiais nas ruas, que aos mesmo tempo criou postos de empregos e outra medidas k vão sendo tomadas e as quais aplaudo.
Este é realmente um governo de acção que está à procura de tentar mudar a tendência do "tá mal e pronto..." para o "vamos fazer bem"
Uma surpresa bastante positiva, só espero ka tendência se mantenha
Flecha Ruiz
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