segunda-feira, abril 30, 2007

Sentenças




Ultimamente tem-se falado muito de extrema-direita e dos seus partidos.
Decidi, então, dedicar-lhes um "post", indiferente à atenção que lhes possa dar.
Os Nacionalistas dizem-se apenas Nacionalistas, os de extrema-direita dizem-se Nacionalistas e os Fascistas dizem-se Nacionalistas. No fundo, é tudo exactamente a mesma coisa, apesar de quererem mostrar às pessoas que não.
Usam esse nome suave e vanglorioso para ganhar mais apoiantes e têm-no conseguido, tudo com o pretexto que é em nome do País.

A maior bandeira destes partidos será a luta contra a imigração. Será, aliás, a única e aquela que chama mais apoiantes. É algo que consigo perfeitamente compreender, cada um terá as suas motivações. O que é importante dar a conhecer às pessoas é tudo o resto que engloba um apoio (ou voto) nesses partidos.

Portugal é um país com fortes costumes migratórios. Desde sempre que somos emigrantes e recebemos imigrantes. Devíamos orgulhar-nos disso. Teríamos, por certo, vantagens económicas se, aos olhos do mundo, fôssemos um dos povos mais acolhedores do planeta. Além das vantagens económicas, teríamos, com certeza, gosto em sê-lo. Mas há quem não tenha esse agrado, apesar de todos os emigrantes Portugueses espalhados pelo mundo.
Defendemos, então, os que estão em Portugal e esquecemos os que estão por fora? Ou obrigamo-los a regressar?

Expulsamos todos os imigrantes e apostamos numa forte política de natalidade? Isso faz imenso sentido. Além de ser fisica e financeiramente insustentável, ficaríamos sem milhões de pessoas que, diariamente, ajudam a nossa economia a crescer e o país a desenvolver e daqui a 20/30 anos seríamos compensados. Seríamos, porque, até lá, já tínhamos morrido à fome... ou de cansaço sexual.

A nossa Constituição consagra expressamente a proibição de partidos de extrema-direita ou que perfilhem a ideologia fascista. Creio que será uma proibição que não faz sentido. Em primeiro lugar porque essa proibição não impede a existência desses partidos e as suas propagandas político-ideológicas. Em segundo lugar porque, para extinguirmos esses partidos, haverá uma forma bem mais simples e eficaz: a da informação da população daquilo que realmente são esses partidos com nomes bonitos, com placards enormes mas com cérebros bastante reduzidos.

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domingo, abril 29, 2007

Os pontos nos "ii"



O meu herói de Abril

O 25 de Abril era uma grande festa lá em casa quando eu era pequena. Na véspera comprávamos cravos vermelhos (sim, porque eles não são encarnados, meus senhores, são VERMELHOS) para pôr em todos os jarros da casa. À meia-noite abria-se espumante. Mas a essa parte eu não assistia… Do que eu gostava mesmo era de ir passear com o meu Pai para a Av. da Liberdade, ver o desfile. Às cavalitas dele, eu era enorme! E ficava-me bem o cravo no cabelo, ou pelo menos eu achava que sim.

Mas o melhor do 25 de Abril era a parte da história. Quando chegávamos a casa, depois do banho que a Mãe insistia que tomássemos porque tínhamos andado ao sol o dia todo, eu pedia a história do 25 de Abril. Então o meu Pai sentava-me no seu colo, no sofá da sala, e contava-me a história do 25 de Abril e de como ele tinha feito parte desse dia e dos que o antecederam. A história era todos os anos igual, tal como os restantes rituais do feriado, mas acho que é disso mesmo que as crianças gostam – de rituais. Eu sentava-me e ouvia embevecida, como se fosse a primeira vez, tudo o que o meu Pai me contava e, se ele saltava algum pormenor, protestava veementemente. Ele era obrigado a voltar atrás, embora lá fosse dizendo “Mas se tu já sabes, porquê voltar atrás?”. Não interessava. As histórias têm de ser contadas como deve ser.

Aos meus olhos pequenos de criança, o meu Pai era Abril. Tinha estado com Salgueiro Maia na madrugada de 25, com os locutores da rádio que deram a senha, com os soldados nos tanques, com as vendedeiras da Praça da Ribeira a distribuir cravos pelos soldados, com o povo no Largo do Carmo, com os presos em Caxias. O meu Pai tinha estado em todo o lado. O meu Pai era Abril. Tanto assim, que só recentemente descobri que quem foi libertado de Caxias na manhã de 26 não foi ele mas o seu amigo Tengarrinha, que havia de se casar com a prima Lena. E como ao longo dos anos uma parte destes rituais se foi perdendo, as coisas acabaram por se misturar na minha memória. Este foi o primeiro ano em que efectivamente desci a Avenida, com o NES – se calhar é porque já sou muito crescida para ficar a assistir às cavalitas do meu Pai… Quando cheguei a casa tornei a sentar-me ao colo do Pai e a pedir a história do 25 de Abril. Para repor alguma coerência às minhas memórias de infância. Às vezes também faz falta algum rigor histórico… Mas isto depois do banho, claro.

Antes do 25 de Abril ele era comunista e lia “O Capital” nos transportes públicos, com a capa forrada de papel creme. No apartamento alugado em que ele vivia com amigos de Angola havia uma enorme máquina de composição, que era utilizada para imprimir panfletos e jornais da UEC (União de Estudantes Comunistas). Como a máquina era muito barulhenta, de cada vez que era necessário utilizá-la alguém tinha de aspirar a casa para abafar o ruído. Um dia, a vizinha de baixo disse em tom de graça que a casa devia ser a mais limpinha do prédio, com tanta aspiração. Teria ela percebido o que se passava? Era necessário verem-se livres da máquina porque ela podia muito bem ser informadora da PIDE. E pronto, lá foi a máquina num 4L até Cascais, de madrugada, onde foi arremessada pela Boca do Inferno. Alguns meses depois vieram a descobrir que a pobre senhora até tinha o marido preso em Caxias, mas o seguro morreu de velho...

O meu Pai passou também uma noite na sede da PIDE. Provavelmente porque algum camarada o tinha denunciado sob tortura, nunca o soube ao certo. Ficou várias horas de pé, sem se poder encostar para descansar. Depois sentaram-no numa cadeira e apontaram-lhe uma luz muito forte aos olhos, enquanto lhe berravam: “Nomes, queremos nomes!”. Ele não dizia absolutamente nada e isso devia irritá-los. No preciso momento em que um dos inspectores decidiu que era altura de passarem a métodos mais drásticos, entrou um homem que cumprimentou o meu Pai entusiasticamente. Tinha trabalhado com o meu Avô no caminho-de-ferro de Benguela e assegurou que o meu Pai era bom moço, que aquilo devia ser tudo um grande equívoco e que o deixassem ir, à sua responsabilidade. Nesse dia, o meu Pai ganhou a liberdade e perdeu um amigo. O Sr. Alípio (nome fictício, evidentemente) na PIDE? Quem diria…

Houve também um dia em que foi preciso fazer carimbos novos para a UEC e a tarefa coube ao meu Pai. Mas não se entra por uma loja adentro a pedir carimbos que digam “União de Estudantes Comunistas” ou que tenham siglas suspeitas, assim sem mais. Por isso, ele procurou na lista telefónica alguma coisa que o pudesse ajudar. Encontrou a União Eléctrica de Cascais. Mandou fazer seis carimbos com a sigla UEC e seis outros com o nome da tal corporação. Safou-se.

No dia 25 de Abril, afinal de contas, é que não fez nada de tão especial... Não saiu de Santarém com Salgueiro Maia, não esteve na rádio nem foi sequer ao Largo do Carmo. Ficou em casa, a ouvir tudo pela rádio, como pedia o MFA...

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quinta-feira, abril 26, 2007

Política e Pulítica



- 25 de Abril. Uma data cada vez mais banalizada. Não esquecida, mas vulgarizada. É feriado. E é isso que significa para muita gente, principalmente jovens. E é realmente preocupante: se é largamente conhecido que os portugueses, em geral, possuem uma fraca cultura e especialmente uma paupérrima memória histórica colectiva, imagino o que será desta data daqui a 20 anos, quando esta geração e a próxima forem não o futuro mas o presente do país...



- Foi com grande tristeza e mesmo alguma amargura que verifiquei que inúmeras pessoas aboradavam o grupo da JS na Marcha pela Liberdade na tentativa de saber onde estavam as pessoas do PS. Alguns juntaram-se a nós, outros foram embora, outros ficaram por ali. Mas nenhum achou o grupo do Partido Socialista. Nem eu.



- No fundo todos sabemos isto: uma manifestação, uma conferência de imprensa, uma acção de campanha, etc só terá o impacto que lhe quiser dar a comunicação social. por isso estou plenamente consciente que os movimentos de extrema direita, pelo menos em Portugal, não têm crescido alucinantemente, mas sim sido alvo de um atenção mediática fora do vulgar. Por mim apenas seriam notícia quando fazem as habituais acções de campanha à porta de escolas básicas e secundárias.



- Que a tradição se mantenha:



(Marcha do 25 de Abril)

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quarta-feira, abril 25, 2007

Cadetísmos




Faremos deste Maio um Abril Novo


Trata-se de um verso de uma canção do Paulo de Carvalho.
É que hoje é dia 25 de Abril.
Posso abrir a dissertação com uma série de lugares comuns, que, apesar de o serem, têm de ser lembrados.

- A Juventude não sabe o que é o 25 de Abril;
- 25 de Abril sempre, Fascismo Nunca Mais;
- A Democracia tem graça para quem acredita nela;
- Todos os dias deviam ser dias 25 de Abril;
- Viva a Liberdade!

Não pretendo achincalhar o que quer que seja, nem quem quer que seja, mas isto, apesar de ecoar todos os anos na TV e nas Ruas, não ecoa o suficiente.

Esta é uma altura boa para pensarmos em pérolas interessantes:

- O Salazar equilibrou as Finanças;
- O Salazar nunca meteu nada ao Bolso;
- Salazar, grande homem;
- Salazar, ca ganda estadista;
- Salazar, maior Tuga de sempre.

Acabo de perceber, portanto, que para lugares-comuns, há os "contra-lugares-comuns". Há os lugares comuns de esquerda e de direita.
Os lugares-comuns democratas e os contra-lugares-comuns déspotas

Hoje, mais do que há 33 anos, é preciso lembrar que acabou o fascismo. É preciso reforçar que se mudou para melhor.
É preciso mostrar que valores superiores, como a vida e a liberdade, topo da pirâmide, só agora são respeitados no nosso país.

Mude-se o Título: Lugares-Comuns

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terça-feira, abril 24, 2007

Canto moço - Zeca Afonso, 1970


Somos filhos da madrugada
Pelas praias do mar nos vamos

À procura de quem nos traga
Verde oliva de flor no ramo

Nave gamos de vaga em vaga
Não sou bemos de dor nem mágoa

Pelas praias do mar nos vamos
À procura de manhã clara
Lá do cimo de uma montanha
Acendemos uma fogueira
Para não se apagar a chama
Que dá vida na noite inteira
Mensageira pomba chamada
Mensageira da madrugada
Quando a noite vier que venha
Lá do cimo de uma montanha

Onde o vento cortou amarras
Largaremos p'la noite fora
Onde há sempre uma boa estrela
Noite e dia ao romper da aurora
Vira a proa minha galera
Que a vitória já não espera
Fresca, brisa, moira encantada
Vira a proa da minha barca.

Vagos pensamentos



Liberdade...


Valor indissociável da Revolução de Abril é a Liberdade. Contudo é preciso questionar: existe actualmente uma verdeira liberdade em Portugal?
Com o 25 de Abril, Portugal tornou-se um país com uma economia aberta ao exterior, onde se verificou uma evolução cultural e, há imagem do que aconteceu com os portugueses em tempos idos um destino migratório. A tecnologia proliferou e realizaram-se importantes reformas em sectores fulcrais como a saúde, a justiça, a educação e a Administração Pública.
Apesar de todo o progresso verificado nas referidas áreas, é opinião generalizada, Portugal ainda está na cauda da Europa e muito ainda está por realizar.
Mas, em minha opinião, o maior entrave à transformação do país reside na mentalidade tacanha que está instituida no nosso país. Não se faz X com medo de ser criticado, não se diz Y com medo das consequências, o temor reverencial nas relações interpessoais conduz ao desenvolvimento atrofiado e condicionado da personalidade das pesssoas. Em suma, não existe liberdade de expresssão e de acção( ainda que, tenho plena consciência disso, sempre limitada pela responsabilidade). Muitos preconceitos terão de ser abolidos da sociedade de forma a permitir que todos os individuos sejam e se sintam como tendo direitos e poderes iguais.
Com este texto, não quero retirar valor à revolução e ao desenvolvimento social que tem uma íntima conexão com esta. No entanto, é preciso reconhecê-lo, o caminho ainda é longo e um novo impulso social é preciso...

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25 de Abril sempre

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Marcha 25 de Abril

Amanhã, dia 25 de Abril, irá decorrer, pelas 14h30m uma marcha na Avenida da Liberdade em Lisboa, para celebrar este feriado.
Como é óbvio, o NES não poderia ficar indiferente. Aquele que foi o maior marco da história democrática do nosso país continua a ser o orgulho de qualquer jovem de esquerda.
Porque o 25 de Abril representa tudo aquilo que nós defendemos!!


Concentração no Marquês de Pombal, junto à praça de Táxis, por volta das 14h30m.
AMANHÃ, 25 DE ABRIL, VEM DESCER A AVENIDA DA LIBERDADE COM O NES-FDL!

segunda-feira, abril 23, 2007

Sentenças



Há algumas semanas atrás...


Acordei cedo nesse domingo. Queria encontrar um barbeiro aberto, antes que fechasse para descanso. Saí de casa. O da minha rua estava encerrado. "Este fecha ao domingo", pensei. Corri outro e outro. Mais um. Todos fechados. Sonolento e despenteado, volvi a casa.


Uma semana depois, houve o SLB-FCP, que começava às 20h15m. Desejava aproveitar sair às 20h do trabalho nesse dia e percorri, então, as ruas de Arroios, sem encontrar um único café aberto. Desci aos Anjos. Nada. "Como é possível que no centro de Lisboa, à hora de jantar, não encontre um único sítio onde possa ver o jogo e gastar alguns euros?", indaguei. Frustrado, apressei-me para o metro, decidido a, posteriormente, atravessar o rio, convicto que na minha vila de Corroios houvesse um café aberto.


Enquanto percorria uma rua no Areeiro, avistando já o comboio que iria apanhar, passei por uma pequena porta aberta, de onde audíveis vozes se projectavam no ar. "Uma tasca! Aberta!". Entrei, vi o jogo, paguei e saí.


Parece quase incompreensível. Não será ao domingo que existe uma maior disponibilidade das pessoas para saírem, utilizarem serviços e comprarem produtos? E essa maior procura também não favorecerá os comerciantes? Não será também com um constante fluxo de capitais que pode a economia crescer? E se Lisboa é uma capital Europeia, como é que correndo Arroios, Anjos e Areeiro, só encontrei uma pequena taberna aberta? E como é que num domingo de manhã não encontrei um único barbeiro a trabalhar, nos subúrbios da capital?


Perante estas duas situações apetece-me perguntar: "Ócio português ou obrigatoriedade dos estabelecimentos em encerrar ao domingo?" Embora desconheça a lei neste sentido, há vários estabelecimentos que estão abertos todos os dias.


Estranho, não? É que se a lei é igual para todos...

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sábado, abril 21, 2007

Os pontos nos "ii"


Uma direita que eu possa respeitar, por favor!

Como já escrevi noutra altura, foi educada num colégio católico. Desse facto nasceu em mim um certo respeito por (alguma) direita portuguesa. Sempre discordei frontalmente das suas ideias e projectos mas, talvez por ter conhecido pessoalmente algumas das personalidades ligadas a esse lado do espectro da vidapolítica portuguesa, através da respectiva prole (visto que muitos deles eram e são meus amigos), acabei por compreender que ninguém é totalmente mau e que há políticos de direita com alguma nobreza de carácter, pesem embora as suas ideias. É que eu tenho este defeito de ter uma tendência irresistível para ver o mundo de forma maniqueísta: bons de um lado e maus do outro. Branco e preto. Nós contra eles, no fundo. Mas conviver diariamente, durante doze anos, com pessoas que o meu instinto classificava como os “maus da fita” atenuou um pouco esta característica.

Uma das pessoas que tirei do elenco dos “maus” foi Ribeiro e Castro. Não me lembro de alguma vez ter concordado com uma única palavra que tenha saído da sua boca, mas sempre lhe reconheci a tal nobreza de carácter. Rege-se por princípios que no essencial rejeito mas, pelo menos, rege-se por princípios. A provar a ideia que dele tinha, ouvi-o dizer no debate com Paulo Portas na RTP, “Quero fazer do CDS um partido doutrinário”, leia-se um partido alicerçado em princípios e não no eleitoralismo portista. Outra pessoa da direita que respeito: Maria José Nogueira Pinto. O que é que ambos têm em comum? Foram ou estão em vias de ser afastados da cena político-partidária. Pelo que de pior a direita portuguesa produziu, acrescente-se en passant.

Em vez deles ou de uma direita que admiro intelectualmente (Pacheco Pereira, por exemplo), que direita está nas luzes da ribalta? Um Portas regressado das brumas do esquecimento, qual D. Sebastião; um Marques Mendes que insiste no enxovalho, nas acusações pessoais e mesquinhas ao Primeiro-Ministro, isto à falta de ideias para liderar uma oposição construtiva; um Professor que dita uma espécie de "verdade de Estado" ou a opinião definitiva acerca de todo e qualquer assunto aos domingos; um PNR com cartazes xenófobos no Marquês…

A coisa mais bonita da democracia é o debate, a oposição, a disputa saudável. Mas isso só é possível se a direita quiser debater. E se houver nela pessoas com um mínimo de credibilidade e decência. Porque não há nada pior do que não termos respeito pelo nosso adversário – isso pode ser sinal de uma de duas coisas: ou de soberba da nossa parte ou de efectiva inexistência de um adversário leal, com quem valha realmente a pena discutir pontos de vista e que não se limite a tentar deitar poeira aos olhos dos portugueses. Pelo menos desta vez, gostaria sinceramente que estivessemos perante a primeira situação e que o problema estivesse em mim, mas receio bem que a explicação para este meu desalento seja mais a segunda hipótese… Mude-se o estado de coisas na cena política à direita, por favor! A bem da democracia.

“Quem foi o arquitecto que fez este café,
Tão longe da Natureza
E tantos homens de pé?

Criado, põe esta gente na rua
E abre um buraco no tecto
Que eu quero ver a lua! (…)”

José Gomes Ferreira

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quinta-feira, abril 19, 2007

Comunicado do NES/FDL - 19 de Abril

COMUNICADO


No seguimento do que foi deliberado na reunião-geral de dia 18 de Abril, o NES-FDL vem por este meio reforçar o seu empenho na defesa dos direitos e interesses dos homossexuais.
Trata-se de uma bandeira que já erguemos no passado, aquando da realização de um trabalho escrito sobre o casamento homossexual. Não mudámos de opinião, mas aguçámos a vontade de lutar por esta causa.
A homossexualidade é uma constatação dos tempos modernos. Assim, enquanto jovens de esquerda, não podemos ficar indiferentes a essa realidade.
Emitimos este comunicado com a convicção de que as pessoas são todas iguais. É uma igualdade que se encontra presente na própria Constituição da República Portuguesa. E os homossexuais são pessoas. Como tal, e espantem-se os mais desatentos, os homossexuais têm direitos.
Direitos esses que são intangíveis, seja por pessoas, por interesses ou por palavras.
O NES-FDL prossegue convicto nos seus ideais e na defesa de uma sociedade mais justa, mais equilibrada e mais moderna. E fá-lo com uma certeza: a certeza de que não descansaremos enquanto a dignidade dos homossexuais não tiver sido reposta.

19 de Abril de 2007

Política e Pulítica


- Hoje o Partido Socialista português faz 34 anos. Fundado por Mário Soares e outros distintos socialistas, como António Macedo ou Salgado Zenha, no exílio alemão, este é um partido que sempre se manteve fiel à sua linha ideológica mas nunca obstinado ao progresso e à evolução da sociedade portuguesa. Parabéns.

- Aproxima-se o Desfile do 25 de Abril na Avenida da liberdade. Se no ano passado, apesar do calor estiveram 5 militantes do NES, espero que este ano estejam 4 ou 5 vezes mais. É com orgulho que somos de esquerda, e é com orgulho que o mostramos a todos, sejam comunistas obstinados ou nacionalistas radicais!

- Não se pense que o episódio da Iuris Graphia é de hoje. A sátira (que ultrapassa qualquer sentido, por mais amplo que seja, de sátira) sobre temas delicados, como a homossexualidade ou o aborto, foi repetidamente utilizada na revista da Associação Académica duarante o último ano e volta agora com dois artigos no mínimo indecentes. Aos artistas o meu repúdio por tão fraca capacidade artistica e mental.

- Hoje foi a reunião de fundação do NEP/FDL (Núcleo de Estudantes Populares da FDL). É com grande satisfação que vejo surgir este núcleo. Só honra a história política da FDL e afirma mais uma vez esta Faculdade como um espaço de saudável confronto político de ideias e ideais. Que surjam (ou se revitalizem) os restantes...

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quarta-feira, abril 18, 2007

O Auto de Fé




Acho que é intenção de todos os Portugueses de bom-senso começarem a ver a sua situação económica, social e profissional resolvida. Estou mesmo em querer que os desempregados deste país, ao mal remunerados e os excluídos pretendem ver discutidos, em praça pública, os seus problemas.
Mas não, tentem para a próxima ou então mudem de país.
Ao invés das questões de fundo, o luso povo tem uma palavra, que é repetida vezes e vezes sem conta: Independente. Conhece, também, um "filósofo" melhor do que qualquer outro: Sócrates.
E andamos nisto.
Desde que o Público, numa louvável investigação, assim como o Expresso, se lançou numa espiral noticiosa acerca da vida académica do P.M, já nunca mais se discutiu Ota, TGV, Convergência económica e política laboral.
Nunca mais.
Subitamente, o bolso de cada um deu lugar ao Diploma de um só. Do dia para a noite, discutem-se as propinas pagas e deixa de se discutir bolonha. À velocidade de um click, o Inglês técnico é a ordem do dia.
Sendo que é a última vez que falarei deste processo social movido ao Governo (já explico porque é que me refiro ao governo), a culpa é da oposição que se senta à Direita de José Sócrates.
Ninguém no Governo, nem ninguém no P.S. quererá mais esclarecimentos, mais e melhores explicações. É a sua imagem que está em jogo. É do interesse comum lipá-la bem limpa. Parece que nem todos perceberão isso. Exigem-se investigações, martela-se em dados hipotéticos e o que seria a espuma dos dias passa a ser a festa da espuma, onde todos se divertem.
É ridículo, por uma razão de ser muito simples: o que é que acontece se o P.M tiver sido beneficiado? Há alguém que consiga dar uma resposta cabal? O melhor que conseguem (assim como eu) é abrir hipóteses: O P.R demite o Governo? O Governo demite-se? Demite-se José Sócrates e, mutatis mutandis, segue-se o nº2 do partido, invocando-se jurisprudência SanTana Lopes?
Se a resposta a todas estas questões for "não", só resta uma saída: esperar pelos esclarecimentos e exigi-los a um prazo específico. Porque se se pretende atacar todo o Governo, "pegando" pela fragilidade académica do seu líder bem... Será o país que merecemos.
Um bom remédio para acabar com tudo isto está á mão de semear: Sócrates demite-se, recandidata-se, vence, com nova maioria absoluta, como aconteceu com Cavaco, e por mais que falem, a sua legitimidade política sairá mais forte do que antes.
Em Portugal, o poder legislativo consquista-se pela via democrática. É bom que não nos esqueçamos disto.

(Estive fora por razões válidas: FÉRIAS!)

terça-feira, abril 17, 2007

Campanha mensal de Abril


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Vagos pensamentos




Um dos domínios em que a oposição- principalmente a direita – mais tem criticado o governo é a política que este seguido como solução para a redução do défice das contas públicas. Os partidos de direita pretendiam que o governo reduzisse o défice por recurso à redução da despesa pública e não recorrendo ao aumento de impostos. Pergunta-se: qual o objectivo (ainda que não o principal) do encerramento de maternidades, urgências, tribunais e esquadras da polícia?
Por seu turno, o Governo, a meu ver de forma correcta, percebeu que essa via não era suficiente para reduzir o défice para os 3% do PIB e conjugou essas medidas com o aumento de impostos para um patamar que especialistas consideram ainda aceitável e suportável pelos cidadãos.Todos nós temos consciência que o esforço de redução do défice deve ser um esforço colectivo!
A recompensa do esforço está a chegar e Sócrates já anunciou o descongelamento da progressão nas carreiras da função pública em 2008. No horizonte vislumbra-se, de igual modo, a descida dos impostos. Teixeira dos Santos conseguiu o que Ferreira Leite não conseguiu, não delapidando património do Estado como esta fez.
Os resultados estão à vista de todos e as critícas de certos sectores são, é preciso referi-lo, infundadas.

Se a política reformista do governo continuar com o impulso que tem tido e com os valores de défice e de crescimento económico recentemente divulgados a atingirem valores razoáveis, o país está no rumo certo.

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segunda-feira, abril 16, 2007

Este é um pequeno post, mais próximo e pessoal.
Sei que as eleições já foram ha mais de 2 semanas, mas ainda vou a tempo de agradecer. Agradecer a todos aqueles que depositaram em mim e nos que estão comigo a sua confiança. Todos aqueles que foram votar e especialmente todos aqueles que votaram na nossa lista. Por isso quero agradecer.

Por outro lado, quero pedir desculpa por ter estado ausente. Não tenho postado, visto que a minha irmã me desgraçou o pc e já está para arranjar há várias semanas, sem que o informático consiga saber o que se passa.
De qualquer das formas, tentarei não voltar a falhar. Nem aqui na internet, nem no próprio NES. As férias da páscoa deram-nos a todos possibilidade de descansar e recuperar energias mas agora é altura de arrancarmos.

Conto com todos, já a começar na reunião de 4ª-feira.
Saudações esquerdistas!

Convocatória

Camaradas:

Dia 18 de Abril, 4ª-feira, há reunião do NES-FDL. Será às 13h na sala 12.03.

É a primeira reunião do núcleo neste mandato, por isso é importantíssima a participação de todos!

Até lá, [] *

Sentenças




A propósito de toda a polémica que envolve o primeiro-ministro Sócrates e a Universidade Independente, cabe proferir algumas palavras.

Em primeiro lugar, esta situação, que não é nova no ensino superior em Portugal, vem levantar mais questões do que aquelas que a comunicação social e o público em geral têm suscitado.
Assim, é colocada em causa a credibilidade do ensino superior privado em Portugal. E isso preocupa-me muito mais do que tudo o resto. Preocupa-me que, todos os anos, centenas de pessoas possam comprar canudos e apresentá-los em entrevistas de emprego, em que são preferidos a pessoas com o 9º incompleto tão bem ou até mais capazes do que aqueles, mas que não tiveram a possibilidade de comprar uma licenciatura. Ou conhecer as pessoas para isso.

Da minha parte, parece-me que se trata de mais uma forma de se deitar abaixo a imagem e credibilidade de um bom político. E, infelizmente, está a ser conseguido. Trata-se da mesquinhez e desconfiança do povo português, bem como o aproveitamento da oposição para colocar em causa a posição de Sócrates no panorama político nacional.
Pouco importa se houve favorecimento a José Sócrates há vários anos atrás, aquando da sua licenciatura. Como podemos nós saber se será verdade esse favorecimento? Afasto argumentos, quer de um lado, quer de outro. Recuso a apresentação de papéis verdadeiros, de papéis falsos ou de papéis forjados. Não acredito que seja culpado do que quer que seja, tal como não acredito na sua inocência.
Muito menos importa se Sócrates é Engenheiro Civil, licenciado em Engenharia ou tem bacharelato em Engenharia do Ambiente. Pensemos bem para nós próprios: Quantos de nós, há 2 anos atrás, procurámos os curriculum vitae dos candidatos para depois decidirmos? Quantos dos milhões de pessoas que assistiram à Entrevista de Sócrates sabiam, há 2 anos atrás, que Sócrates tinha frequentado a Universidade Independente?

É-me perfeitamente irrelevante se Sócrates foi favorecido, se gostou de ser favorecido ou se aproveitou algum favorecimento. Pouco interessa se foi um contrabandista na vida passada.
Agora, Sócrates é Primeiro-Ministro e, para isso, não é preciso curso. É preciso competência, pro-actividade, capacidade de liderança, e inteligência. É preciso estar livre de toda a polémica e continuar a trabalhar com serenidade.
É preciso um Primeiro-Ministro independente . E Sócrates consegue sê-lo.

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sábado, abril 14, 2007

Um congresso da JP daqui a 10 anos

Gostava que os camaradas vissem o meu texto sobre o futuro da Juventude Popular.

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sexta-feira, abril 13, 2007

Política e Pulítica



- Inadmissível para qualquer político, mas em especial para o líder do maior partido da oposição, as declarações proferidas por Marques Mendes no seguimento dos esclarecimentos de Sócrates acerca do seu percurso académico. Se senti que Portugal era um país pequenino na entrevista de onde constaram perguntas como: "E ia às aulas?", tive a certeza que era ainda mais pequeno que a vergonha de um político de um partido que merecia pessoas responsáveis.

- Hoje Odete Santos abandona o Parlamento. Foram 26 anos de uma actividade e entusiasmo só próprios dos grandes apaixonados da vida política. Um "Até sempre camaradas" que retribuo com um adeus com a mão esquerda, não houvesse camaradas e camaradas!

- Pedro Nuno Santos vai estar no ISCSP dia 17 de Abril para debater a despenalização das drogas leves. É disto que a JS necessita continuamente, através da acção de todos os secretários nacionais competentes por determinada área. Ou as pastas são para ficar bem ao cargo?

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sexta-feira, abril 06, 2007

Os pontos nos ii


O poder das minorias ou a letargia da maioria
Não posso deixar de expressar a minha profunda revolta pela eleição de Salazar como melhor português de sempre. Entristece-me. Choca-me. Enoja-me.
Mas, ao contrário do que se tem dito, não creio que essa vitória signifique que os portugueses deixaram de acreditar na democracia e querem voltar à ditadura. Quer tão somente dizer que se estão pouco lixando (desculpem o vernáculo). Como estão em relação a qualquer acto de cidadania, acto eleitoral ou tomada de posição em geral.
Creio que o que se passou em Portugal foi algo semelhante ao que sucedeu no mesmo programa no Reino Unido. Churchill saiu vitorioso desta eleição (ganhou a guerra, perdeu as eleições mas acabou por lhe ser feita justiça!), mas em segundo lugar ficou um engenheiro, totalmente desconhecido da grande maioria dos britânicos, cujo grande mérito parece ter sido fundar uma escola algures no reino de Sua Majestade. Acontece, pois, que todos os alunos, ex-alunos, professores, funcionários (e respectivas famílias) da dita escola tomaram a peito o projecto de eleger este desconhecido como o melhor britânico de sempre. E quase conseguiram...
A diferença essencial entre isto e o que se passou em Portugal foi que no Reino Unido houve uma verdadeira mobilização no sentido de corrigir um resultado final que se adivinhava ridículo. Houve centenas de correntes espontâneas de e-mails e mensagens a pedir a participação dos súbditos de Sua Majestade nesta eleição. E fez-se justiça, com a ajuda de milhares de cidadãos.
Por cá não vi nada disso. Ninguém se indignou verdadeiramente com a possibilidade de Salazar vencer. As pessoas viram isso como uma fatalidade, uma coisa indesejável mas que não estava verdadeiramente nas suas mãos mudar. Já para a extrema direita foi um fartote: desde mensagens enviadas ao cidadão incauto incitando-o a ligar para o número do ditador (supostamente um número que permitia reclamar um prémio) até à aquisição de vários cartões de telefone com o único intuito de votar nele. Isto porque cada número podia votar uma e uma única vez. Valeu tudo. E honra, lhes seja feita, organizaram-se e conseguiram o que queriam. Com os métodos desonestos que lhes são característicos, mas conseguiram...
Eu não fazia tenções de votar nesta eleição. Acho estúpido salientar um de entre tantos grandes portugueses que fizeram e fazem deste um grande país. Sobretudo num programa de televisão. Fiquei indignada por Mário Soares não estar entre os dez finalistas, mas essa já é uma outra história... Mas, seja como for, a nomeação de Salazar levou-me a votar. Em Camões. Contra Salazar. Acho que era isso que se pedia aos portugueses: que votassem contra Salazar. Como acto de civismo e democracia. E foi isso que eles não fizeram. Não foram 46% dos portugueses que elegeram Salazar mas 46% dos portugueses que se interessaram pelo assunto...
Estou triste, muito triste com este resultado. Não porque ache que ele signifique que os portugueses querem voltar à ditadura mas porque mais uma vez não conseguiram mobilizar-se em torno de uma causa comum.
Apetece-me terminar com um verso de Ary dos Santos. Parece-me bem a propósito recordá-lo. "Agora ninguém mais cerra/as portas que Abril abriu!".
P.S.: Nem mesmo o PNR pode cerrar as portas que Abril abriu! O seu hediondo cartaz do Marquês, entretanto convenientemente vandalizado, está agora ladeado por um brilhante cartaz do "Gato Fedorento". Passem por lá para ver. Vale a pena. Até porque parece que não vai lá ficar muito tempo, pois não tem a necessária licença camarária...

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quinta-feira, abril 05, 2007

Política e Pulítica


- A polémica em volta da licenciatura de José Sócrates começa a ter repercussões na popularidade do Primeiro Ministro e do próprio Governo. E o mais engraçado é que, por acidente ou não, a estratégia da oposição, ou seja a não-resposta, é a mais eficaz, desgastando o Governo em outras áreas e deixando esta por si própria minar a credibiliidade do Primeiro Ministro. Para inverter esta lógica, e retomar o impulso reformista e decidido do Governo à frente dos destinos do país José Sócrates precisa pronunciar-se sobre a questão mas, e bem, está dependente da tutela de Mariano Gago na resolução do caso Independente. Este poderá ser um teste de fogo à competência política de Gago (porque técnica tem de sobra)...

- Por muito que nos custe (e custa...!) a existência do cartaz do PNR no Marquês de Pombal, apelando ao fechar de fronteiras a imigrantes e à expulsão dos que cá estão, a verdade é que nada mais significa que uma tomada de posição de um partido político, in extremis tão igualável aos do PSD ou do PCP.

- Francisco André, secretário nacional da JS, foi eleito Vice-presidente da ECOSY no recente Congresso de Varsóvia. É com grande orgulho que denoto que nestes ultimos mandatos a JS tem reforçado de modo muito significativo a sua posição na ECOSY e em todas as outras estruturas internacionais que integra. Um sinal de trabalho e de mérito, a seguir e a desenvolver.

- Porque sei que muitos dos camaradas do NES/FDL integram listas e mesmo encabeçam candidaturas aos órgãos das suas concelhias de residência, deixo-lhes do Alentejo profundo de onde vos escrevo desejos de bom trabalho e grandes vitórias.

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Debate: Culturas Urbanas

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terça-feira, abril 03, 2007

Vagos Pensamentos



Partidos de direita: que futuro?


Perante os últimos acontecimentos políticos em Portugal, urge colocar uma questão: qual o futuro dos partidos de direita?
Em minha opinião, a resposta é simples e evidente: no cuto prazo perderão o que lhes restava de peso político e se não restruturarem a sua estrutura e renovarem os nomes que a compõem arriscam-se a desaparecer. Sim, porque agora não está em causa o facto de, dizem alguns ,o PS de Sócrates ocupar com as reformas que tem feito e da forma que as tem feito, o espectro político da direita. O que releva é o facto de as lutas internas pela liderança ( no caso do PP) e a forma de fazer oposição do PSD descredibilizarem e denegrirem a imagem destes partidos de uma forma tão notória que em 2009, arrisco dizê-lo, nem será necessário a realização de eleições para a reeleição de Sócrates. Senão vejamos. Quem acredita num partido em que um dos seus potenciais lideres volta, neste momento, qual D. Sebastião passando uma borracha pelo seu passado, onde avulta um período ruinoso de pertença a um governo de coligação não menos ruinoso? Quem acredita num partido em que um Conselho Nacional termina à pancada, com insultos e ameaças de interposição de acções judiciais? Quem acredita num partido com uma representação parlamentar que, na sua maioria, conspira contra o actual líder? Quem acredita num partido com expressão autárquica quase inexistente?
E a restante direita: quem acredita num partido que não pode criticar o governo porque se o fosse faria igual? Quem acredita num partido que critica todas medidas do governo sem critério não reconhecendo nada de bom nas mesmas? Quem acredita num partido em que a luta pela liderança é feita num submundo sem definição clara e aberta de nomes? Quem acredita num partido cujo líder, provavelmente não chegará a 2009?
Pois é, meus caos, ninguém acredita....



PS: agradeço os milhares, milhões até, de mails e sms recebidos nestas duas semanas de ausência, mas por motivos de vária ordem não me foi possível escrever a crónica semanal. As minhas humildes desculpas.

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