Esquecimento
Hoje em dia existe na sociedade portuguesa determinados temas que infelizmente parecem ter caído no esquecimento, sendo que um deles é claramente a questão ambiental, e o impacto que tem na nossa sociedade e cultura, a que eu chamaria do impacto silencioso destrutivo de uma civilização. Nesta matéria estranho ainda mais o facto de os jovens, e em particular as juventudes partidárias darem pouca relevância a esta matéria, que eu classifico de determinante e essencial, e neste particular refira-se que a Juventude Socialista sob o leme de Pedro Nuno Santos tem afastado esta matéria da agenda política face a questões de menos importância civilizacional como os casamentos entre homosexuais. Urge pois juntar-nos ao movimento global de defesa do meio ambiente, dos eco-sistemas cada vez mais frageis, pois é necessário explicar a todos o caminho quase irreversivel em que caminhamos se nada for feito à escala global. Poderia entender-se que o problema é global e que não deve ser resolvido internamente ao nível de cada país, posição que se deve repudiar, pois se somos uma aldeia global, só com atitudes que provam o meio ambiente em cada aldeia é que será possível inverter o calamitoso caminho pelo qual caminhamos "alegres e contentes".
Nestas questões o antigo vice presidente dos EUA, tem tomado uma atitude bastante louvável, apesar de se puder levantar algumas reservas sobre o aproveitamento político que tem subjacente a esta sua atitude, mas apesar de tudo não deixa de ser positivo para o tema em questão. Neste sentido foi anunciado uma marotona musical de 24 horas, com mais de 100 artistas repartidos pelos cinco continentes, que vão actuar em defesa do meio ambiente, inseridos numa campanha de salvação de um clima em crise, a que Al Gore chama de emergência planetária. Esta iniciativa vem no seguimento do seu filme-documentário "An Inconvenient truth", que chama a atenção para todas estas questões de uma forma que eu diria chocante, e que não pode deixar nenhum governo, nenhuma juventude partidária e nenhum jovem indiferente, pois está em causa no limite a sobrevivência da humanidade.
É hoje necessária uma actuação mais enérgica por parte de todos, sendo necessária uma nova actuação, novas iniciativas, que terão de ser muito diferentes daquelas que ocorreram com as conferências de Quioto e do Rio de Janeiro, pois essas foram, verdadeiros fracassos, ao nível dos resultados que desde aí se verificaram. Não teremos nós uma palavra a dizer nesta matéria? ou vamos continuar a agir com indiferença?
3 Comments:
E concordas que sacrifiquemos a nossa economia por motivos ambientais? e não venhas dizer que é possivel conciliar... os EUA nao abandonaram Quito por acaso....
acredito em desevolvimento sustentado, em que seja possível conciliar economia e ambiente. Não é utopia porque existem alguns bons exemplos. Usar o abandono dos EUA é um mau exemplo, aliás os EUA são é muita coisa um péssimo exemplo. Para que me interessa desenvolvimento económico baseado em industria altamente poluente? (...), e mais parece-me um bom principio o do poluente pagador, (daqui a pouco tempo teremos nova legislação nacional neste sentido) resta saber se existe coragem politica para colocar em pratica essas medidas
e diga-se que se alguma pessoa tem essa coragem, essa pessoa é claramente o Socrates
Enviar um comentário
<< Home