Cadetísmos
Igreja, Santos e Comércio
Este que vos escreve dá para celibatário há tempo demais!
Todavia, não sou alheio ao mundo que gira à minha volta. Não posso deixar de reparar que, neste dia 14 de Fevereiro, dia de São Valentim, volta a verificar-se uma "Santíssima Trindade", que em vez do tradicional Pai, Filho e Espírito Santo, junta-se O Santo, Namorado e Compra-me uma prendinha, amén.
Pessoalmente, sou altamente a favor de demonstrações públicas de afectos. Acho mesmo que falta perder alguma vergonha, falta quebrar alguns tabus, que a madrugada de 25 de Abril não quebrou, de imediato.
O que me espanta, aqui, é o efeito boleia, o free ryder que benefícia, em muito, o comerciante. Não que haja nas minhas palavras qualquer intuito marxista, longe disso: O que me faz escrever este post é a progressiva substituição de algo que deveria existir dentro todos e de cada um, por algo que pode ser facilmente trocado por um bem material.
Diria Álvaro Cunhal que tudo nasceu na Revolução Industrial, aquando da invenção da máquina ferramenta. Qualquer Freudiano diria que no objecto, em cada bem material, há uma conotação sexual por trás.
Este vosso amigo diz apenas algo muito singelo: se o dia, que dentro em poucas horas acaba, servir para aproximar as pessoas, se se conseguir unir as almas desavindas, então, parece-me que já se deve aconchegar o momento perto do coração.
De facto, como devem ter reparado, não me aproximei da política. Visto este ser um núcleo essencialmente político, vou apenas fazer uma observação que, ainda que esteja demasiado batida, deve por mim ser proferida. Ganhou o SIM. A todos os votantes, que tenham votado Sim ou Não, parabéns, porque souberam lutar para atingirem um propósito democrático. Mas não deve haver sossego. Não devemos descansar á sombra de uma vitória. Há que legislar, cumpre perceber as mulheres e devem estar sempre presentes duas ideias basilares: Houve quem votasse Sim sabendo que seria imposto um periodo de reflexão; ninguém passou um Cheque em branco.
Etiquetas: Cadetísmos
2 Comments:
Desejo a morte a todos os dias comerciais porque, afinal, é isso mesmo que o dia dos namorados é. É oferecer peluches, flores, chocolates, relógios, almoços, jantares, cuecas de fio dental. Morte. Morte! Não festejo, não sou capitalista, não sou materialista, não sou hipócrita. Não festejo.
então e o social capitalismo liberal, parece uma doutrina para aqueles como eu defendem um socialismo liberal...
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