Sentenças
Certas vezes, quando estou a trabalhar, deparo-me com respostas quase inacreditáveis por parte dos clientes. Não consigo rir porque não me causa qualquer tipo de sentimento humorístico, mas dá que pensar.
- "Olhe, o número de contribuinte é o cartão de utente ou o da direcção-geral de impostos?";
- "Vou dos Açores para Lisboa, tenho de activar o roaming?";
- "O meu telemóvel é um desses novos, cinzentos que abrem e fecham."
São apenas alguns de muitos exemplos. São situações reais, de pessoas reais.
E nós, acostumados a estas novas tecnologias, raramente nos lembramos que existem muitas pessoas que, hoje em dia, e apesar de todos os desenvolvimentos das tecnologias de Comunicação e Informação, continuam sem estudos, com pouca cultura e imensas sem saber ler nem escrever.
Trata-se de algo tão simples... Quando acordamos, olhamos para o telemóvel e vemos as horas e uma mensagem que havíamos recebido. Tomamos o pequeno-almoço e contemplamos a caixa de cereais. Analisamos o horário dos autocarros e saímos porta fora. Demorámos 30 minutos a sair. E lemos, lemos e lemos. Nem nos apercebemos das centenas de vezes que o fazemos diariamente.
E quem não o faz?
Lembro que segundo os últimos censos, a taxa de analfabetismo em Portugal ronda os 9%. Olhando para o número a frio, nunca pensei que pudesse ser tão alta. É quase assustador pensar que uma em dez pessoas não conseguirá decifrar estes caracteres que agora publico.
Não é que as pessoas que desconhecem o que signifique Nokia sejam analfabetas. Mas se falarmos de iliteracia, a percentagem, com certeza, subirá.
Estamos perante o direito de aprender. Esse, deve ser possibilitado a todos, independentemente da sua idade ou da sua condição económica.
Cabe ao Estado assegurar que todas as pessoas possam, pelo menos, saber ler e escrever, premissas básicas para qualquer futura aprendizagem.
Esta sim, seria uma nova oportunidade. Dar oportunidade àqueles que nunca o fizeram, de assinarem o seu nome.
E mesmo que não saiba distinguir o cartão de saúde do de contribuinte, continua a ter o direito de usar o telemóvel.
- "Olhe, o número de contribuinte é o cartão de utente ou o da direcção-geral de impostos?";
- "Vou dos Açores para Lisboa, tenho de activar o roaming?";
- "O meu telemóvel é um desses novos, cinzentos que abrem e fecham."
São apenas alguns de muitos exemplos. São situações reais, de pessoas reais.
E nós, acostumados a estas novas tecnologias, raramente nos lembramos que existem muitas pessoas que, hoje em dia, e apesar de todos os desenvolvimentos das tecnologias de Comunicação e Informação, continuam sem estudos, com pouca cultura e imensas sem saber ler nem escrever.
Trata-se de algo tão simples... Quando acordamos, olhamos para o telemóvel e vemos as horas e uma mensagem que havíamos recebido. Tomamos o pequeno-almoço e contemplamos a caixa de cereais. Analisamos o horário dos autocarros e saímos porta fora. Demorámos 30 minutos a sair. E lemos, lemos e lemos. Nem nos apercebemos das centenas de vezes que o fazemos diariamente.
E quem não o faz?
Lembro que segundo os últimos censos, a taxa de analfabetismo em Portugal ronda os 9%. Olhando para o número a frio, nunca pensei que pudesse ser tão alta. É quase assustador pensar que uma em dez pessoas não conseguirá decifrar estes caracteres que agora publico.
Não é que as pessoas que desconhecem o que signifique Nokia sejam analfabetas. Mas se falarmos de iliteracia, a percentagem, com certeza, subirá.
Estamos perante o direito de aprender. Esse, deve ser possibilitado a todos, independentemente da sua idade ou da sua condição económica.
Cabe ao Estado assegurar que todas as pessoas possam, pelo menos, saber ler e escrever, premissas básicas para qualquer futura aprendizagem.
Esta sim, seria uma nova oportunidade. Dar oportunidade àqueles que nunca o fizeram, de assinarem o seu nome.
E mesmo que não saiba distinguir o cartão de saúde do de contribuinte, continua a ter o direito de usar o telemóvel.
Etiquetas: Sentenças
2 Comments:
É curioso, porque ainda ontem via um programa muito interessante (e que exerce aquilo que deve ser o serviço público de televisão) na RTP2, o "Sociedade Civil" onde o tema principal do dia era "o analfabetismo-informático". E, sem prejuízo da importância e interesse do tema, o meu primeiro pensamento foi exactamente: "Bem, antes desses ainda há muitos milhares de analfabetos-analfabetos!".
E a verdade é que se devemos dar um passo ainda maior na massificação do acesso às tecnologias temos de o fazer nãoe squecendo quem ainda nem passou de um primeiro estádio. Afinal, o 25 de Abril não foi ontem mas antes de ontem...
mais uma vez metes o dedo na ferida.continua assim
Enviar um comentário
<< Home