Sentenças
Alberto João Jardim apresentou hoje à tarde a sua demissão do cargo de presidente regional da Madeira, cargo que ocupava há 30 anos. No entanto, garantiu que se irá recandidatar, afirmando que assim “não foge quando as circunstâncias estão mais difíceis”.
Ora, se a ideia não é fugir, qual será então o objectivo do presidente demissionário? Pressionar o Governo central a voltar atrás nos cortes para as regiões autónomas, previsto na nova lei das finanças regionais? Voltar atrás? Será que alguém julga que Sócrates e o Governo repensarão a sua decisão por culpa desta demissão? Faria sentido que voltassem atrás agora com a lei já promulgada pelo Presidente da República? Que peso terá Alberto João no país e na política portuguesa?
Será então para mostrar desagrado com esta opção governativa? Pode ser. Mas não perderá força com a recandidatura? Será que com essa atitude mostra verdadeiro desagrado?
A maior ironia será demitir-se pelos cortes orçamentais para a Madeira, aquele que sempre berrou não precisar de um cêntimo de ninguém, muito menos daqueles “tipos de Lisboa”.
Da minha parte, estou em crer que se trata de um mero jogo político. Fraco e de baixo nível. Alberto João tenta chamar a atenção à sua pessoa, mostrando desagrado com a nova lei. No entanto, prova que está, de facto, “agarrado ao poder”, ao contrário do que o próprio indicou. Se a ideia era opor-se à lei das finanças regionais, não teria mais força se se demitisse (ponto) ? Se a ideia é, por outro lado, ajudar ao desenvolvimento da região, tentando aumentar a progressão da Madeira, não teria sido melhor dirigir-se à comunicação social e às pessoas com um discurso tipo "mesmo com estes cortes, continuo com o povo, até ao fim!"?
Demite-se, mas volta a candidatar-se, sabendo que vai ganhar. Como uma criança que faz birra, mas acaba por comer a sopa.
(vejam também o post de dia 09 de Fevereiro sobre a nova lei das finanças regionais)
Ora, se a ideia não é fugir, qual será então o objectivo do presidente demissionário? Pressionar o Governo central a voltar atrás nos cortes para as regiões autónomas, previsto na nova lei das finanças regionais? Voltar atrás? Será que alguém julga que Sócrates e o Governo repensarão a sua decisão por culpa desta demissão? Faria sentido que voltassem atrás agora com a lei já promulgada pelo Presidente da República? Que peso terá Alberto João no país e na política portuguesa?
Será então para mostrar desagrado com esta opção governativa? Pode ser. Mas não perderá força com a recandidatura? Será que com essa atitude mostra verdadeiro desagrado?
A maior ironia será demitir-se pelos cortes orçamentais para a Madeira, aquele que sempre berrou não precisar de um cêntimo de ninguém, muito menos daqueles “tipos de Lisboa”.
Da minha parte, estou em crer que se trata de um mero jogo político. Fraco e de baixo nível. Alberto João tenta chamar a atenção à sua pessoa, mostrando desagrado com a nova lei. No entanto, prova que está, de facto, “agarrado ao poder”, ao contrário do que o próprio indicou. Se a ideia era opor-se à lei das finanças regionais, não teria mais força se se demitisse (ponto) ? Se a ideia é, por outro lado, ajudar ao desenvolvimento da região, tentando aumentar a progressão da Madeira, não teria sido melhor dirigir-se à comunicação social e às pessoas com um discurso tipo "mesmo com estes cortes, continuo com o povo, até ao fim!"?
Demite-se, mas volta a candidatar-se, sabendo que vai ganhar. Como uma criança que faz birra, mas acaba por comer a sopa.
(vejam também o post de dia 09 de Fevereiro sobre a nova lei das finanças regionais)
Etiquetas: Sentenças
2 Comments:
Concordo plenamente contigo e acrescento que se são pedidos sacrificios aos portugueses para cumprir as metas financeiras estabelecidas pela UE esses sacrificios devem ser de todos e não só de alguns
Enquanto conseguiu levar sempre a vontade dele para a frente,enquanto houve dinheiro para fogos de artificio e carnavais expendiosos tudo estava bem no país das maravilhas(ou do Jardim).Agora que tem alguém que lhe faz frente, faz birra e diz que estas medidas contra o excesso de despesas são ditaturiais. O seu discurso já é fedorento,para quando pertencer aos gatos?Lata para dizer coisas com piada não lhe falta. Enfim,parece que os tipos de Lisboa ainda vão ter que levar com este senhor por mais algum tempo.
PS: não sei se é se os Gato Fedorentos o acabavam por aceitar...afinal de contas ainda tentam fazer algum humor com classe.
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