sábado, maio 05, 2007

Diz que é uma espécie de...

… Opinião. Após uma semana preenchida de novidades, assuntos não faltam para opinar.

A CML foi local de uma verdadeira traição política: Marques Mendes queria que Carmona saisse, este recusou-se. Com isto só Lisboa teria a perder, mas felizmente, para sorte de todos lisboetas, Carmona Rodrigues, ao que parece, não se manterá no cargo. Com este rebuliço são claras duas conclusões: a primeira que, mais uma vez, se comprova a falta de capacidade de liderança de Marques Mendes no PSD, partido que é, ou era, a principal força de oposição; a segunda que, se alguma coisa de positivo teve isto tudo para o PS, foi o condão de as pessoas se centrarem em assuntos de real interesse ao invés de precupações com graus académicos e a muito forte possibilidade do PS reconquistar em eleições intercalares a Câmara de Lisboa. Parece estar para breve o anúncio do nome do próximo candidato e estou curioso para ver quem será, num momento em que João Soares se mostra disponível para voltar a um lugar que já foi seu, e verificar se Carmona Rodrigues avança como independente.

Outra notícia curiosa foi a denúncia do candidato pelo PS na Madeira, Jacinto Serrão, da actual situação que se vive em período de campanha: no Domingo passado, Jacinto Serrão pediu a intervenção do Presidente para acabar com as "ilegalidades" e "violações grosseiras" que estão a acontecer na campanha eleitoral, dando como exemplos "agressões a dirigentes da oposição". Hoje uma camarada do PS na Madeira foi baleada! Será que até em Portugal será necessária a presença de forças da ONU para garantir o bom funcionamento do estado da democracia à semelhança de outros países, como Timor? E pensar que vivemos numa União Europeia e nos consideramos um país desenvolvido… mais uma vez se comprova que para isso ainda nos falta percorrer algum caminho.

Serei só eu ou parece que cada vez mais se vive num clima de maior violência em Portugal?Ainda hoje me deparo com uma uma notícia no JN de que um bando no Norte parece andar a disparar sobre pessoas inocentes e ao acaso, como se algum gozo disso retirassem, sendo que até balearam um miúdo de 14 anos apenas. Um estado crescente de violência que para mim não estará certamente dissociado de uma circunstância: o pouco apoio às forças de policia. Temos forças com falta de meios e os existentes estão ultrapassados, que quase pagam para exercer a profissão, esquadras sem condições, quadros que são em número insuficiente, pouca renumeração e pior, acima disto tudo, a falta de protecção destes que nos protegem: em Portugal um policia para se denfender tem que ser baleado para usar da sua arma. O que fariam vocês se: ganhassem 500 euros por mês, tivessem uma arma para se protegerem, que às tantas o mais provável era encravar, o facto de não se poderem defender perante um criminoso e se após saberem isto vos pedissem para manter a ordem e colocarem em risco a vossa vida em benefício de outros? Estariam agradados com a situação? Pois eu não estaria. E na minha óptica as nossas forças também não estão. Falta esperar por uma politica de mais protecção e maior confiança para as forças policiais, que só poderia resultar em mais segurança.

E fazendo parte o NES da Faculdade de Direito de Lisboa, uma palavra para as eleições decorrentes para a AAUL: sendo que para a direção a lista apresentada é única, a Lista U, para a Assembleia apresentam-se duas: a Lista Leges e a Lista A. Uma campanha mais tranquila do que para a AAFDL mas que se espera também tanto ou mais participada. Boa reflexão para Terça ou na Quarta votarem na Lista que pensam ser a melhor.

Nota final para a apresentação do novo Jornal do NES, motivo de orgulho para todos e, como bem se disse, mais um sinal de mudança para melhor neste que se mostra um grande núcleo da JS e que se relaciona muito bem com a mesma como se comprova pelas presenças descritas pelo camarada Pedro Silveira. Uma festa muito simpática que mais uma vez nos uniu.

PS: gostei muito da ideia da Sound Box do blog.

Cumprimentos,