Considerações sócio-politicas de uma 2a Feira qualquer
Há dias, o Presidente da Comissão Nacional da Juventude Socialista, o camarada João Ribeiro, na primeira CPF da JS/FAUL, disse que a realidade hoje é diferente: vivemos numa época em que a notoriedade e o reconhecimento das capacidades do indíviduo não são já prioritariamente reconhecidos através dos percursos académicos e politicos, mas sim através de reality shows e do culto da beleza.
Tem toda a razão. Vivemos numa sociedade em que se subvalorizam os talentos politicos e também os dotes académicos (quantas vezes não descredibilizamos instituições de ensino superior e mesmo cursos?) mas onde ao mesmo tempo se endeusam pessoas unica e exclusivamente devido à sua exposição mediática.
O culto do mérito não tem de ser um dogma. Convenhamos, somos humanos e jamais haverá imparcialidade genuína que sempre abale a confiança que temos em determinada pessoa ou a nossa própria opinião pessoal, ainda que errada. Mas como regra deve ser numa sociedade moderna e progressista ponto assente e indiscutivel.
Aqui reside também um erro recorrente de alguns comunistas: o correcto não é ignorar o mérito, porque o correcto é querermos que todos os elementos da sociedade sejam igualmente ricos e não que todos os elementos da sociedade sejam igualmente pobres.
1 Comments:
Exactamente.
Aliás, estou a pensar em deixar a FDL e ingressar num clube de futebol. Pode ser que a senhora do café da minha rua me passe a atender em tempo útil.
Mas mais uma vez se trata do povo português no seu melhor. A rtp2, a sic noticias, o canal história, o odisseia, o national geographic e o biography channel são mero zapping. Excelentes são as tardes da Júlia e a Floribela, a jovem mulher que diz que a sua mãe é uma árvore.
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