quinta-feira, outubro 11, 2007

Política e Pulítica



- Ponham-se no lugar do homem: são Primeiros-Ministros. Logo, governam. Não andam a dizer à sra. de uma qualquer Direcção Regional de Educação para sancionar um qualquer Professor mais atrevido ou a um qualquer Chefe de serviço de um qualquer Hospital para sancionar um qualquer médico satírico ou a um qualquer grupo de policias para avisar um qualquer sindicato com intenções de vos vaiar. Não, vocês têm mais que fazer e que pensar. Têm de Governar. E os jornalistas que comentar, escrever e relatar o que bem entenderem. Sempre foi assim, e sempre será. A investigação deverá ser feita pelos órgãos próprios e as conclusões aplicadas severamente. Mas não porque apareceu na TV. Na TV não se governa! A TV não é Portugal!


- As propinas é um daqueles assuntos clássicos para um aluno de Ensino Superior. Porque as Universidades ainda não são empresas o Estado encarrega-se de, em nome da tendencial igualdade de oportunidades e ao mesmo tempo da sustentabilidade orçamental de cada instituição, fixar um limite máximo e mínimo de propinas. Até aqui só uma coisa a apontar: a tendencial gratuitidade de que fala a Constituição não tem tido aplicação. Pelo contrário, o limite tem até agora aumentado sempre. Mas a quem nos podemos e devemos realmente queixar é a Conselhos Directivos como o da nossa Faculdade, onde 940€ são pedidos sem qualquer justificação/aplicação plausível. Afinal as propinas são uma taxa?


- A JS foi, enquanto estrutura politica, pioneira na divulgação das atrocidades cometidas na Birmânia através do apelo a todas as pessoas a assinar a petição da ECOSY, estrutura internacional que integra. Mas ficou-se por aí. A intervenção politica exige formas de reinventarmos a comunicação e as acções, que meramente simbólicas ou não, praticamos.

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3 Comments:

à s 12 de outubro de 2007 às 18:37, Anonymous Anónimo escreveu...

Só por mera ingenuidade é que se afirma que um PM não se preocpua com este tipo de questões...

Não deve ter reparado o autor do post que todos os governos têm operacionais próprios para fazerem este tipo de coisas... Eu percebo a azia, são demasiados casos para um governo só...

Até já se evoca o papão do PCP... Será que para a próxima também vão cair no ridículo de dizerem que os comunistas comem criancinhas?

E o desemprego também não existe, não está em 8,3%, ao contrário do esperados 7,5% no OE de 2007...

São tudo invenções da comunicação social, este governo simplesmente não erra!

 
à s 12 de outubro de 2007 às 19:56, Blogger Fábio Gomes Raposo escreveu...

Caro Zé Pedro,

Qual será a maior ingenuidade: afirmar que o PM não se preocupa com este tipo de questões; ou afirmar que a Comunicação Social não inventa, não manipula e não altera as informações que lhe chegam?

Certamente que este Governo erra, tal como qualquer outro e como todos nós. Mas mais do que isso, é difícil agradar a todos. Compreende-se.

De qualquer das formas, cabe por vezes não ir pelo mais lógico, pelo que está à primeira vista, pelo que nos tentam fazer ver. Por isso é necessário destacar outras perspectivas e possibilidades...TAMBÉM por isso NÓS cá estamos.
Porque para aproveitar qualquer oportunidade que seja para apontar o dedo, maldizer, criticar...estão os outros todos. Certamente em minoria.

Cumprimentos

 
à s 13 de outubro de 2007 às 10:02, Blogger PedroSilveira escreveu...

Ingenuidade é continuar-se a achar a comunicação social portuguesa um modelo de isenção e de profissionalismo e, acima de tudo, basear nas suas noticias (qual Bíblia do conhecimento) as nossas convicções pessoais e percepções da realidade.

Mas atenção, jamais tencionarei escamotear qualquer acção de repressão politica ou anti-democrática de qualquer governo. Antes de ser militante do PS e apoiante deste Governo, sou democrata. O seguidismo não faz parte do meu feitio.

Apenas chamei a atenção para aspectos que às vezes são tão óbvios que, por aquilo que ouvimos na TV ou nos jornais, damos como adquiridos: JOsé Sócrates (ou o Min. da Adm. Interna telefonou à policia a ordenar que intimidassem os sindicatos? Ah ok, não... mas têm operacionais para isso! Não poderia este argumento ser mais cómico. É que eu consigo convictamente desmentir isso, agora alguém ligado ao PCP não poderá fazer o mesmo porque realmente nessa estrutura é isso que acontece: intigadores em todos os ramos de acção social, como defendia Cunhal. Rumo à segunda revolução! Aliás, é isso que é o PCP...

 

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