quinta-feira, setembro 20, 2007

Política e Pulítica



- José Sócrates veio publicamente desmentir alguns dos casos rapidamente mediatizados provocados pela entrada em vigor do novo Código de Processo Penal. Foi importante ser o Primeiro-Ministro a fazê-lo e não qualquer gabinete de comunicação ou assessor de imprensa. É aos dirigentes que cabe dar a cara nos momentos de maior agitação social, nem que esses momentos sejam provocados por irresponsabilidades grotescas por parte da comunicação social portuguesa.

- Foi de facto decepcionante ver na inauguração de um centro escolar um padre e perante ele o Primeiro-Ministro de Portugal benzer-se. Simplesmente não devia ter acontecido nem uma coisa nem outra. Mas pior que tudo é o alarido enorme na blogosfera em volta desse facto, esquecendo completamente o que levou ali José Sócrates: a reestruturação de uma rede local de escolas, resultado da já esquecida por pais e alunos (depois de vistos os resultados) "politica do encerramento de escolas" com 3 ou 4 alunos.

- O acordo em Lisboa entre o BE e o PS não é bom nem mau: é uma caixa fechada que se abrirá aos poucos até 2009. Terrível mesmo é o aproveitamento de tal acordo pela JSD para lançamento de um cartaz parodiando o que o BE havia feito criticando o silêncio do Governo quanto ao referendo do Tratado Europeu. Ainda por cima porque deles bem que podia constar Marques Mendes...

- 2ª Feira começarão as aulas na Faculdade de Direito de Lisboa. Felicidades a todos os caloiros nesta nova casa e bom ano académico e politico para todos vós/nós.

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1 Comments:

à s 22 de setembro de 2007 às 16:22, Blogger Fábio Gomes Raposo escreveu...

Pedro, deixa-me contradizer-te num ponto do teu texto.

Para mim não foi decepcionante o facto de José Sócrates se ter benzido perante um clérigo.

É certo que se tratava de um acto oficial e Sócrates estava lá enquanto primeiro-ministro.

Mas é impossível dissociar o homem do governante.
José Sócrates é o líder do Governo, mas pode ter a religião que quiser.
Ao mostrá-la (através dum simples gesto de benzedura) num acto público e formal, não está a desrespeitar quem pense de outra forma nem obriga a que o Governo ou o Estado se benzam também.

O acto de benzer-se perante um padre pode também ser sinónimo de respeito.
E foi certamente nesse sentido que Sócrates o fez.

 

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