quarta-feira, setembro 26, 2007

Cadetísmos


Rankings


No dia em que volto à "postagem" regular e habitual neste meu/vosso sítio, qual é a grande notícia do dia? A pequena Esmeralda fica, agora, em virtude de um acordão proferido pelo Tribunal Relação de Coimbra, à guarda do papá biológico.
Com esta introdução seria, no mínimo, expectável que tecesse "Cordeiricos" tratados sobre a "escandalosa" actuação do juiz e do tribunal. Leitores...esqueçam, não sigo por aí. Primeiro que tudo, para novelas há a TVI. Segundo, não há necessidade de analisar um processo desta indole, na medida em que a única coisa que posso lamentar é a lei que temos e a lei não é o processo em si.

Então, tendo isto tudo em linha de conta, avance-se para um tema alternativo.
Um périplo pelas ondas noticiosas desse todo que é o sistema da rede, fazem-me deparar com este novíssimo dado: Portugal desceu para a 28º posição no índice da corrupção.
É para ficar feliz. Porquê? Veremos.
Vamos por partes: por esta altura, no ano passado, ocupávamos o 30º lugar do mesmo índice. Aplaudam. Depois, "vão a jogo", ou seja, estão incluídos no "ranking", 179 países. Nota: estamos acima da tabela! Além disso, há que fazer uma breve referência: estes dados resultam do relatório da Transparência Internacional, empresa sedeada em Berlim.
Já se ri, leitor?
Claro que a governação dá sinais de sucesso nestes pequenos dados. Óbvio que são boas notícias. Mas, ao ler isto, o cidadão mais atento pergunta: mas isso traduz-se em quê? A justiça é melhor? A máquina administrativa é mais célere? Os poderosos não estão acima da lei?
O que é isto?
O que é subir dois lugares num ranking destes?
O que é ser "menos corrupto que..."?
Agora que passam algumas semanas desde a rentree política, não será má ideia explicar no que vai consistir a segunda metade da administração Sócrates. Os sinais de mudança positiva são fortes. Haverá continuação e, mais importante, superação?
Portugal exige o melhor de quem governa. O trabalho tem de continuar.

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1 Comments:

à s 30 de setembro de 2007 às 18:21, Anonymous Anónimo escreveu...

Concordo contigo: não há espaço para abrandar as reformas necessárias no país e a determinação em melhorar significativa (e finalmente) sectores-chave da vida nacional: saúde, justiça, educação, segurança social, administração pública...!

A chegada de índices favoráveis (não foi só o que apontaste mas o do défice, o da subida no ranking do clima económico favorável às empresas, etc) podem e devem deixar-nos satisfeitos mas nunca conformados. Portugal precisa deste PS. Portugal precisa deste Governo.

 

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