quinta-feira, novembro 29, 2007

Tertúlia Virtual


As faltas


Em primeiro lugar,queria pedir desculpas aos leitores do blog por me ter atrasado a "postar" mas as circusntâncias não mo permitiram.
Ora, como todos se devem lembrar a senhora Ministra da Educação resolver propôr que os alunos dos ensinos básico e secundário não chumbassem por faltas.
Desde já manifesto a minha discordância com tal proposta, por vários motivos: em primeiro lugar, se as taxas de pessoas a frequentar o ensino já são baixas, pior irão ficar; por outro lado, como aluna secundária que já fui, isto consiste em mais um motivo para se arranjarem desculpas para não frequentar as aulas; e será que alunos com poucas aulas têm terão a formação necessária para mais tarde ingressarem num curso?
Poucos o saberão, mas o mais grave custo de contexto em Portugal situa-se precisamente na pouca mão-de-obra qualificada que temos no nosso país. E de onde vem esta pouca qualificação?Precisamente porque temos uma preocupante baixa média de escolaridade que se situa nos 8 anos, enquanto a média da ODCE consiste entre 12 a 14 anos.
O custo de contexto consiste (e vou citar a definição jurídica) num obstáculo estrutural, prática, regulamentos(ou ausências destes) ou em custos contrário(a) a uma atmosfera propícia ao investimento. Ora, os custos de contextos reduzem a nossa competitividade, o que significa que Portugal seja um país com várias dificuldades em controlar as despesas públicas.
Ora, em vez de diminuirmos a fraca competitividade que Portugal já tem, deveríamos incentivar cada vez mais cedo os jovens a estudarem e tiraram cursos, na medida do possível, para reduzirmos os custos de contexto e tornarmos Portugal numa "melhor economia" porque o que nós precisamos é de mão-de-obra qualificada para reduzir o tal custo de contexto.
Não é só a nível de escolarização que devemos implantar medidas, mas noutros níveis também.
O facto de não concordar com esta determinada medida não quer dizer que o Governo nada tem feito para minorizar os custos de contexto. De facto, para vos dar um exemplo o diploma das empresas na hora, permitiu reduzir um custo de contexto essencial : o custo "tempo". Esta medida permitiu que não se passassem horas nos serviços públicos e fez com que muitas pessoas não desistissem de constituir empresas, o que é uma mais valia.
Por fim, e novamente repetindo a ideia atrás não creio que seja uma boa medida, porque ao fim e ao cabo só nos vai tornar mais "incultos" e que existam cada vez mais pessoas apenas com a escolaridade obrigatória ou nem isso.

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1 Comments:

à s 29 de novembro de 2007 às 22:21, Blogger Лев Давидович escreveu...

Há um ponto fraco em todos os Governos PS, ponto fraco esse explorado, até ao tutano, por comentadores, comunicação social, opinião pública, cidadãos comuns: as políticas de educação.
Soube-se, uma vez mais, pela comunicação social, daquela norma das faltas, vulgarmente conhecida assim. Por melhores que fossem as intenções da Ministra, aquela medida deita por terra qualquer réstia de boas intenções, vontade de fazer bem, o que quer que seja: fracassa-se na hora.
Tudo começa com Guterres e a sua paixão pela educação. Desde aí, foi sempre a descer.
Chega-se a um ponto de incoerências absurdas: os programas das disciplinas não se explicam, o regime da carreira docente expurga a vontade de querer ajudar o aluno, a matemática continua a ser o monstro papão e as tentativas para que deixe de ser passam por facilitar.
Sabendo isto, as pessoas ficam descrentes.
Sou socialista, sou de esquerda e concebo esta como a grande área privilegiada para o investimento público.
Para além do pouco que tem havido, ainda se faz mal, erradamente, não se escolhendo as pessoas certas para o trabalho.
Poucas são as áreas de falha dos governos PS.
Esta, a meu ver, é a principal.

 

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