quarta-feira, maio 23, 2007

Cadetísmos



DREN


"Suspendeu-se alguém por ter dito uma graçola acerca da vida académica do Primeiro-Ministro".
Ouvido isto assim, parece uma bomba, parece que vem aí o fascismo, a PIDE, ditaduras e censuras.
Quando confrontados com uma notícia desta índole, temos que analisar todos os factos e daí extrair a conclusão mais sábia, conclusão essa que culminará sempre na atitude mais sensata.
Pergunta-se se determinado facto teve lugar;
Indaga-se a cor política do proferidor da "calúnia";
Descobre-se que há um "chibo";
Meio mundo intelectual vem à rua gritar.
Há quem queira ver em tudo a mão de José Sócrates. Há quem diga que as suas recentes declarações, a criticar a situação, são cínicas.
O problema, neste caso, é muito mais grave, muito mais fundo. Só mesmo uma mente retorcida deveria querer a mão do chefe do executivo.
Não.
O problema tem fonte semelhante, mas causa diversa. O forte politização da administração pública é a causa. Por mais liberal que o executivo queira ser, nunca poderá garantir que todos os seus dependentes o sejam. Podemos culpar a máquina das normações, as clientelas, os apoios.
Podemos culpar os fanatismos, os totalitarismo sque se podem instalar nas mentes mais susceptíveis e mesmos os abusos de poder.
Que ninguém se engane: no dia em que não se puder falar daquilo que se quer com quem se quer, há golpe de estado.
Por ora, o Governo devia punir a funcionária responsável pela suspensão do professor.

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2 Comments:

à s 27 de maio de 2007 às 22:28, Blogger PedroSilveira escreveu...

A confirmar-se tudo o que foi noticiado concordo contigo: deve ser demitida a funcionária.

O problema é que o diz que disse da comunicação social não deve ser motivo suficiente para despedir uma pessoa. Não se trata de rolar cabeças ems entido politico mas de destituir alguém de uma função que constitui o seu emprego.

Para apurar essa responsabilidade (que a verificar-se te sido a noticiada é inqualificável) existem processosd e inquérito. Já estão em curso. Cabe-nos, por isso, aguardar e não fazer precipitados julgamentos públicos.

 
à s 28 de maio de 2007 às 23:37, Blogger Лев Давидович escreveu...

Também não pretendo julgamentos públicos.
A questão que se coloca poderá assustar as pessoas. Qualquer noticia que traga "bufo" e "censura" é sempre mal vista.
O governo, como plural que é, devia investir forte para que nunca se passassem ideias semelhantes.
Já para não falar de inquéritos, os quais 90% da população nao conhece o desfecho

 

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