quinta-feira, novembro 01, 2007

Política e Pulítica



- Com base num ranking, tem-se nos últimos tempos diabolizado a escola pública, apontando-se o dedo àqueles que nela acreditaram e acreditam enquanto promotora de inclusão social. Os rankings são aquelas coisas tramadas, feitos de números que exprimem realidades meramente objectivas, que ignoram as pessoas e as condições específicas de cada estabelecimento de ensino. Mas não deixam por isso de deverem ser levados em conta. Não se parta é imediatamente daí para invocar a escola pública enquanto "fonte de todos os pecados". Principalmente sem invocar soluções ou alternativas!

- O Tratado de Lisboa tem de ser referendado porque se permite a discussão do mesmo na sociedade portuguesa. Farto-me de ouvir e ler isto por todo o lado e nunca, nunca consigo evitar o riso.

- A crise académica na Faculdade de Direito de Lisboa não é uma crise politica. Mas talvez esta afirmação não seja tão linear: muitas das opções que foram tomadas (nomeada e principalmente a colagem das propinas ao limite máximo permitido e à implementação tardia do Processo de Bolonha na FDL) derivam directamente do modo como se vê o aluno no enquadramento do Ensino Superior. E isto é politica. No entanto a crise não é de hoje. Parece é que só acordaram agora os "fazedores de revoluções". E isto é politica.

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2 Comments:

à s 2 de novembro de 2007 às 22:18, Anonymous Anónimo escreveu...

Em primeiro lugar gostaria de focar a referência que se faz ao tão publicitado ranking das escolas,para dizer que concordo plenamente com a opinião do Pedro Silveira mas com especial relevo ao que ele diz na parte final,pois é preciso criticar, mas criticar também construtivamente?É fácil criticar dificil é mesmo apontar soluções para o problema. Em segundo lugar o Tratado de Lisboa,mas porquê referendar o Tratado se com o projecto de uma pseudo Constituição Europeia foi o que foi no nosso País o que seria com este novo tratado? O povo português ainda pouco ou nada se deu conta da importância que é a politica europeia. Por último é impossivel passar ao lado da última referência do Pedro Silveira, a crise que se instalou na FDL, em que muito se fala, muito se discute mas soluções são poucas, agora depois de o plano estar em marcha é que vozes se levantam num tom ainda desconhecido para os alunos,mas o pior ainda não veio, espero por a época de frequências para assistir a uma verdadeira revolta na FDL, onde todos se indignam mas muito poucos se preocuparam ou se deram ao trabalho de lutar no "timing" certo. Um abraço a todos e continuem o óptimo trabalho

 
à s 4 de novembro de 2007 às 01:23, Blogger Fábio Gomes Raposo escreveu...

Quanto à questão da "crise" na FDL:

Apesar de adorar passear pelo átrio e ver como a nossa Faculdade está enfeitada, ajudando ao contágio o espírito natalício que agora se começa a fazer sentir, não deixa de me fazer alguma confusão a palavra "crise" na FDL.

Vejamos os pontos mais contestados:

1- a falta de docentes;

2- o excesso de alunos por subturma;

3- a falta de avaliação contínua para todos;

4- "o boicote ao regulamento de avaliação por parte dos docentes";

5- O novo e tardio regulamento de avaliação, no geral.

Crise por isto?

Não é que eu ache que está tudo bem naquela nossa casa, mas parece-me que a crise apareceu de repente. Num dia estávamos na festa da cerveja e no dia seguinte há faixas negras penduradas na faculdade. A crise é súbita, é repentina e é nefasta!

Será?

1- A falta de docentes já foi altamente contestada, tendo conduzido ao famoso método C que culminou no encerramento da faculdade há quase três anos atrás;

2 - Se há falta de professores, tem de haver mais alunos em cada subturma. E se já há três anos se contestava a falta de docentes...

3- Quanto a não haver avaliação contínua para todos: Se não há docentes suficientes e há excesso de alunos por subturma, obviamente não há avaliação contínua para todos. E já ouvi dizer que há uns tempos se contestou o facto de alguns alunos não poderem ir a método A. Quando é que foi?

4- Os docentes boicotam o regulamento. Presumo que a AAFDL se refira ao novo regulamento.
Ainda bem que o anterior era piamente cumprido. Esta situação é nova para mim.

5- Realmente, o despacho com o novo regulamento de avaliação foi emitido em Setembro para ser aplicado em Setembro.
A AAFDL, e os alunos no geral, já tinham chamado a atenção para a necessidade de implementar e preparar bolonha na nossa Faculdade há mais tempo.
O regulamento é tardio porque é para ser aplicado...ontem! Portanto as reivindicações que tiverem de ser efectuadas terão de ter eficácia retroactiva. Certo?

 

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